Artigo publicado na versão impressa da edição de 3 de setembro de 2012:
A 35 dias da data da votação e como previsto, as campanhas dos prefeituráveis em Limeira entram setembro em ritmo acelerado e já sem aquelas justificativas dadas em agosto de que estavam no começo e o mais importante estaria por vir.
O início da campanha na TV e no rádio também encerra o período de amenidades entre os candidatos. Agora, cada um olha o outro e, encontrando possibilidades, faz-se uma representação à Justiça Eleitoral ou uma alfinetada indireta nos próprios programas eleitorais.
Na última semana, os dois fatos ocorreram com frequência e darão o tom daqui para frente.
Com a possibilidade real de um segundo turno, a tradição do eleitor pensar mais em eleição nas proximidades da votação, o equilíbrio natural de um processo eleitoral onde não há um candidato a reeleição e a existência de um eleitorado ainda cicatrizado pela crise política que culminou na cassação de Silvio Félix, nenhum dos candidatos se atrevia a fazer discursos fortes. Esta fase parece ter acabado.
Nos programas eleitorais e entrevistas, Kléber Leite, com poucos recursos, mas usando a desenvoltura que já tem com a experiência de apresentador de TV, imprime um ritmo mais forte, em tom verborrágico.
Já as campanhas de Eliseu Daniel dos Santos e Paulo Hadich disputam acirradamente os votos mantendo, oficialmente, um clima distante, mas, nos bastidores, uma batalha de informações.
Na última semana, a CPI do Messias, que adentrou perigosamente no período eleitoral, permitiu que o processo também ingressasse na apuração, conflitando as duas campanhas.
De um lado, a dispensa da oitiva de Benedito Rosada foi atribuída, nos bastidores, a vereadores ligados a Eliseu; do outro, há críticas na politização dos trabalhos, conduzidos por Hadich, que tinha uma equipe de TV acompanhando os depoimentos.
Quintal, por ora, mantém-se distante dessa briga, ao passo que só mudará o ritmo caso seja atacado. A forma como reagirá ninguém sabe.
No campo das propostas, como bem observado por Roberto Lucato na sexta-feira, a partir das entrevistas com os prefeituráveis publicadas pela Gazeta, sobram ideias para os diversos problemas que a cidade enfrenta.
Com a aproximação da votação, acirramento entre as campanhas e exposição das propostas, o assunto eleição entra, ainda que tardiamente, em definitivo nas casas dos limeirenses e nas rodas de conversas, a pleno vapor.
Como o eleitor receberá essa carga de informações e as eventuais alfinetadas que podem se intensificar são incógnitas, mas com prazo para se desfazerem: 7 de outubro.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
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