Artigo publicado na versão impressa da edição de 31 de dezembro de 2012:
Com o encerramento do curto mandato do prefeito Orlando Zovico, Limeira fecha hoje, ao término de 2012, um ciclo, para amanhã, começar um novo, a partir da posse de Paulo Hadich, escolhido pelos limeirenses para governar os próximos quatro anos, com a expectativa de, novamente, a cidade a ter um eixo administrativo condizente com seu porte e os anseios de seus habitantes.
Entre a eufórica reeleição de Silvio Félix em 2008 e a surpreendente vitória de Hadich já no primeiro turno em 2012, o turbilhão institucional no qual a cidade mergulhou após uma desastrada, do ponto de vista legal, administração interrompida abrupta e legitimamente, acabou por colocar em segundo plano alguns avanços que a cidade teve nos últimos anos.
Na área de Educação, entre um ciclo e o outro, a cidade ganhou o segundo (e tão esperado) câmpus da Unicamp e receberá, em breve, unidades do Sesi e da Fatec, além de já contar com cinco faculdades e uma unidade do Senac.
Na economia, o Produto Interno Bruto (PIB) local, soma de todas as riquezas geradas, passou de R$ 4,1 bilhões para R$ 6,7 bilhões e a cidade voltou a ter geração de empregos nos últimos anos, acompanhando a melhoria da economia do país.
Na criminalidade, o número de homicídios vem caindo, seguindo a realidade estadual. Por outro lado, há muitos indicadores que tiveram sentido inverso, como a mortalidade infantil, que, no último ano, teve índice que era realidade de mais de dez anos atrás, e o número de furtos e roubos, que dão sensação de insegurança constante.
E há áreas, como transporte coletivo, que é melhor nem dar números porque, melhor que isso, é só conversar com algum usuário para saber em que pé estamos.
Hadich sabe que não assumirá amanhã um cidade do zero, que herdará, junto com as estruturas positivas, problemas que tiveram origem há décadas por falta de planejamento. E, ainda, que lidará com um passivo de falta de representatividade local - tanto no início do governo Félix quando no de Hadich, a cidade não tem deputados estaduais e federais eleitos com a força local.
Como por muito tempo o problema da descontinuidade entre uma gestão e outra foi apontada como um entrave para o progresso, o novo prefeito terá de filtrar as boas estruturas que recebeu e aprimorá-las com o novo estilo que prometeu aos eleitores.
Aproveito o último texto do ano para desejar a todos um excelente ano de 2013.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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