Artigo publicado na versão impressa da edição de 28 de janeiro de 2013:
O governo de Paulo Hadich (PSB) está prestes a terminar o primeiro mês de mandato, um período marcado mais pelo silêncio do que o anúncio de ações administrativas, o que o difere de muitos prefeitos também eleitos em outubro.
Em Campinas, cidade que passou por um processo traumático de cassação como o de Limeira, no sétimo dia de governo, Jonas Donizette (PSB), colega de Hadich, anunciou um plano abrangente de ações imediatas para os primeiros 100 dias de sua gestão.
Em São Paulo, Fernando Haddad (PT), tão logo venceu o segundo turno, encomendou aos assessores organização de medidas para o mesmo prazo e, já no governo, anunciou ações contra enchentes, recuperação do Parque de Exposições do Anhembi e o cadastro de usuários do bilhete único mensal a partir do 2º semestre, um compromisso de campanha.
Desde o início, Hadich tem dito que não tem interesse em divulgar por divulgar, especialmente o que chama de factoides. O que faz muito bem, em minha opinião.
Em 2005, quando assumiu, Silvio Félix anunciou com pompa a liquidação da Emdel com o mote de que aquilo virara um cabide de emprego. E a Emdel continua aí, oito anos depois, sem prazo para ser extinta como anunciado.
Além dessa postura, Hadich tenta organizar a casa por meio da reestruturação administrativa, assunto interno, de pouca visibilidade.
A ausência de um plano de ações estabelecido e baixa divulgação de ações concretas à população, porém, fazem outros assuntos ganharem relevos.
Assim, Hadich passou um mês justificando nomeações e alianças políticas polêmicas, tentando abaixar o calor gerado pela ventilação da ideia do estádio único e, por fim, anunciando um freio nos investimentos com a reformulação do orçamento, o que já põe dúvida nos limeirenses se grandes medidas, que demandam custos, podem ser implementadas no primeiro ano de gestão.
Somo também, ao silêncio do primeiro mês, a consequência direta da demora da composição do secretariado, definido e anunciado em dezembro, dois meses após Hadich ter ganho a eleição.
É nítido que, neste primeiro mês, os secretários estão conhecendo o ambiente e tendo uma cautela (que por vezes soa exagerada) nos pronunciamentos.
A fase de transição entre os governos Zovico e Hadich, sempre colocada à imprensa como tranquila, aos poucos revela-se que foi pouco produtiva sem a presença das pessoas que serão os futuros executores das ações governamentais.
A bem da verdade, a transição ainda está em curso e, pelo comportamento de Hadich e secretários, sem prazo para encerrar. Resta à população esperar.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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