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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coluna - 30 de janeiro de 2013

Coluna do jornalista publicada na versão impressa da edição de 30 de janeiro de 2013:

MARCA E ATESTADO
Abertura de CPI traz, logo de início, uma marca para a nova legislatura e um atestado para a outra, que ignorou ações de improbidade abertas contra vários vereadores. Aliás, há edis atuais que ainda respondem na Justiça algumas destas ações. Não seria o caso de apurar a conduta passada deles também?

SEM PROTEÇÃO
Edmilson recebeu o recado: não será blindado.

MIRA AMPLA
O vereador também sinalizou: devassa no SAAE pode atingir outros alvos, especialmente Miguel Lombardi, que chegou a gravar uma participação em vídeo elogiando a gestão de Renê Soares, que presidiu também o PR.

AÇÃO DIRETA
Hadich pode aproveitar o escândalo das cartilhas para se livrar de algumas amarras que teve de fazer. A nota que a Prefeitura disparou à imprensa sobre o afastamento dos servidores sequer mencionou o presidente da autarquia, Ronaldo Lisboa. Foi ação direta de Hadich.

ALA DOS DESCONTENTES
Ainda não é possível dimensionar o quanto a crise do SAAE pode desgastar a ampla aliança que Hadich formou na Câmara. O desgaste, porém, já começou. Há muitos descontentes.

ABRA, HADICH!
Wilson Cerqueira sugeriu que Hadich abra por completo a Prefeitura à população, para saber como a recebeu. A ideia é ótima.

QUAL CRITÉRIO?
Vereador Júlio Cesar dos Santos (DEM) apresentou requerimento querendo saber qual foi o critério utilizado para nomeação dos secretários municipais, cargos cujo preenchimento cabem ao prefeito. Ele não engole o ex-prefeito Tercio Garcia de jeito nenhum.

Em silêncio e em transição

Artigo publicado na versão impressa da edição de 28 de janeiro de 2013:

O governo de Paulo Hadich (PSB) está prestes a terminar o primeiro mês de mandato, um período marcado mais pelo silêncio do que o anúncio de ações administrativas, o que o difere de muitos prefeitos também eleitos em outubro.

Em Campinas, cidade que passou por um processo traumático de cassação como o de Limeira, no sétimo dia de governo, Jonas Donizette (PSB), colega de Hadich, anunciou um plano abrangente de ações imediatas para os primeiros 100 dias de sua gestão.

Em São Paulo, Fernando Haddad (PT), tão logo venceu o segundo turno, encomendou aos assessores organização de medidas para o mesmo prazo e, já no governo, anunciou ações contra enchentes, recuperação do Parque de Exposições do Anhembi e o cadastro de usuários do bilhete único mensal a partir do 2º semestre, um compromisso de campanha.

Desde o início, Hadich tem dito que não tem interesse em divulgar por divulgar, especialmente o que chama de factoides. O que faz muito bem, em minha opinião.

Em 2005, quando assumiu, Silvio Félix anunciou com pompa a liquidação da Emdel com o mote de que aquilo virara um cabide de emprego. E a Emdel continua aí, oito anos depois, sem prazo para ser extinta como anunciado.

Além dessa postura, Hadich tenta organizar a casa por meio da reestruturação administrativa, assunto interno, de pouca visibilidade.

A ausência de um plano de ações estabelecido e baixa divulgação de ações concretas à população, porém, fazem outros assuntos ganharem relevos.

Assim, Hadich passou um mês justificando nomeações e alianças políticas polêmicas, tentando abaixar o calor gerado pela ventilação da ideia do estádio único e, por fim, anunciando um freio nos investimentos com a reformulação do orçamento, o que já põe dúvida nos limeirenses se grandes medidas, que demandam custos, podem ser implementadas no primeiro ano de gestão.

Somo também, ao silêncio do primeiro mês, a consequência direta da demora da composição do secretariado, definido e anunciado em dezembro, dois meses após Hadich ter ganho a eleição.

É nítido que, neste primeiro mês, os secretários estão conhecendo o ambiente e tendo uma cautela (que por vezes soa exagerada) nos pronunciamentos.

A fase de transição entre os governos Zovico e Hadich, sempre colocada à imprensa como tranquila, aos poucos revela-se que foi pouco produtiva sem a presença das pessoas que serão os futuros executores das ações governamentais.

A bem da verdade, a transição ainda está em curso e, pelo comportamento de Hadich e secretários, sem prazo para encerrar. Resta à população esperar.

Coluna - 23 de janeiro de 2013

Coluna do jornalista publicada na versão impressa da edição de 23 de janeiro de 2013:

1ª RESPOSTA
Governo Hadich encaminhou a primeira resposta de requerimento ao Legislativo. Nele, a Secretaria de Meio Ambiente informou que as fontes do Paço Municipal, Parque Cidade e das praças Luciano Esteves e João Soares Pompeu (Av.Maria Buzolin) estão no cronograma de manutenção da pasta.

DEMOCRACIA
Ronei Martins está cumprindo a proposta de transformar a Câmara num palco de pluralidade de ideias. Anteontem, ele abriu espaço para manifestação de um integrante do Movimento Contra Corrupção em Limeira, que critica nomeações da Prefeitura, em especial a do ex-prefeito de São Vicente, Tercio Garcia. Democracia é isso.

PONTO DE APOIO
Estudioso das leis, o vereador Jorge de Freitas (PPL) está virando uma espécie de referência aos novatos.

DESGARRADOS
Totó do Gás e Lemão da Jeová Rafá parecem se desgarrar de vez das orientações do PSC, controlado por Eliseu Daniel. Eles integrarão o bloco parlamentar da base de Hadich.

LONGA
Com 21 vereadores, é bom a população que acompanha a Câmara se acostumar com o término das sessões bem perto da meia-noite.

MUDANÇA DE AUTORIDADE
Gerson Hansen Martins foi descredenciado ontem do posto de Autoridade Sanitária do Município. Será substituído pelo atual secretário da Saúde, Raul Nilsen Filho.

TENTATIVA FRUSTRADA
Silvio Félix não ficou satisfeito com a decisão do TJ de encerrar a representação criminal feita contra os promotores que o investigam e encaminhá-la à Procuradoria. Porém, os recursos, tanto extraordinário quanto especial, foram rejeitados ontem pela presidência do Tribunal, já que não eram admissíveis, repetindo o que ocorrera em novembro com outra representação.

Sobre o estádio único

Artigo publicado na versão impressa da edição de 21 de janeiro de 2013:

A ventilação da ideia de propor um só estádio para que as duas equipes de futebol profissional da cidade, Internacional e Independente, se apresentassem reacendeu, na última semana, uma saudável discussão sobre razão e emoção a respeito do tema.

Como esperado, a máxima de que o futebol "é a coisa mais importante entre as menos importantes", empregada obviamente muito mais de emoção do que razão, prevaleceu e a ideia, por ora, foi rejeitada pelos clubes.

Não é fácil tomar decisões quando falamos de futebol. Na mesma semana, a Associação Uruguaia de Futebol decidiu suspender, por dez dias, todas as partidas de futebol do país devido a episódios de confrontos com a polícia, tiroteios entre torcidas e agressões.

A medida foi anunciada como o envio de sinais de que, em meio à paixão dos torcedores, há limites a serem respeitados. A decisão não levou em conta a emoção que os uruguaios sentem com o futebol, mas a razão imperiosa para aquele momento.

Neste ponto de vista, a da razão, há argumentos para a defesa do estádio único. Há tempos Inter e Galo não atraem mais multidões aos estádios, que também vivem, sai ano, entra ano, com o pesadelo das interdições.

Há que se considerar que os estádios não pertencem aos clubes, mas à Prefeitura de Limeira, a quem caberia decidir o que fazer com eles pensando no bem da coletividade. Uma nova arena, moderna, também serviria à cidade como palco de eventos, fomentando a economia.

Mas o futebol não teria a importância que tem no País se não fosse movido pela emoção do torcedor. É ele que sustenta a história de um time de futebol.

Grandes clubes do País e do mundo só atingiram esse status porque, ao longo de uma história, houve quem os acompanhasse, dos momentos mais tristes aos mais gloriosos. As sadias rivalidades, que fomentam esse mundo chamado futebol, só fazem sentido com a paixão do torcedor. Vem daí a resistência natural em deixar o seu estádio, onde há histórias e lembranças solidamente construídas.

Limeira comporta, sim, dois estádios, bem como um novo ginásio (necessidade premente, assim como a manutenção de quadras e centros comunitários).

O que faz sentido dos estádios serem mantidos, entretanto, são times competitivos, que atraiam seus torcedores, façam receita própria. Os clubes precisam buscar isso, bem como a Prefeitura ajudá-los.

Uma nova arena também pode não fazer sentido se os dois times permanecerem na atual situação, disputando uma divisão que não combina com suas gloriosas histórias.

O estádio único é uma boa ideia, mas não uma necessidade urgente. E há que se respeitar a opinião do torcedor. Porque os times vêm antes dos estádios. E eles, os times, só existem porque existem os torcedores.

Coluna - 16 de janeiro de 2013

Coluna do jornalista publicada na versão impressa da edição de 16 de janeiro de 2013:

SUPERSALÁRIOS
Na análise das contas de 2010 da Prefeitura de Limeira, que tiveram parecer desfavorável, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou dois servidores que ganharam remunerações superiores ao salário recebido pelo então prefeito Silvio Félix, o que viola a Constituição. Casos serão analisados em procedimento apartado.

PRIMEIRAS COMPRAS
Os três primeiros contratos assinados pelo governo de Paulo Hadich foram relativos a compra de alimentos para merenda escolar, no valor total de R$ 4 milhões.

INSTITUCIONAL
No encontro com jornalistas na última semana, Hadich informou que deseja dar à divulgação dos atos de seu mandato um caráter mais institucional, e menos de autopropaganda.

NO CONSELHO
Secretário da área, Raul Nilsen Filho passou a integrar o Conselho Municipal da Saúde, como representante do setor governamental.

MP ELEITORAL
Promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua começa a atuar junto ao cartório da 66ª Zona Eleitoral. Ele dará pareceres nas ações que pedem a cassação dos registros de candidatura de Lusenrique Quintal e do prefeito Paulo Hadich. Na 399ª Zona Eleitoral, quem passa a atuar é o promotor Adolfo César de Castro e Assis.

PÉSSIMO
Banheiro do Terminal Urbano está completamente sujo e deteriorado em seu interior.

FOLIA SEM RUA
Achava a Marginal Oeste um bom local para o carnaval de rua. No Centro Municipal de Eventos, há alguns anos, outro grande evento rendeu muita reclamação por causa do barulho. Fazer o carnaval por lá, além de tirar o título "de rua", pode reavivar este problema.

A convicção em três meses

Artigo publicado na versão impressa da edição de 17 de dezembro de 2013:

Há um conceito que a política neste país insiste em desafiar: a convicção, "crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas", segundo o Houaiss.

Três meses atrás, Totó do Gás e Lemão da Jeová Rafá, candidatos a vereança pelo PSC, estavam no grupo que pedia voto para Eliseu Daniel, que tinha como concorrente o hoje prefeito Paulo Hadich. O grupo em torno de Eliseu defendia projeto diferente do grupo de Hadich, este último o vencedor.

Apuradas as urnas, ambos foram eleitos e passaram a ser representantes de todos os limeirenses.

Vem a eleição à presidência da Câmara, o PSC, com a convicção do projeto em torno de Eliseu, defendeu o apoio dos integrantes da sigla à Miguel Lombardi (PR), que esteve com Lusenrique Quintal (PSD) nas eleições - para registro, o grupo de Eliseu pediu a cassação de Quintal. Totó e Lemão votaram em Ronei Martins (PT), aliado de Hadich. "Votamos de acordo com a opinião do povo e pela governabilidade", disse Totó. "Votamos conforme nossas convicções", disse Lemão, ambos no dia da eleição.

Defendo que o vereador tem que ter a liberdade de votar como ele entende o que seja melhor à cidade.

Quando Piuí votou em Elza Tank para presidente da Câmara, e não em Mário Botion, do seu partido, o PR expulsou-o e pediu sua cadeira na Justiça. Impecável, o juiz Adilson Araki Ribeiro foi taxativo: "O vereador é livre no convencimento das decisões, palavras e votos, sendo que precisa prestar contas tão somente à consciência na defesa do interesse público".

É por aí mesmo. O mandato, porém, não pertence ao vereador, mas ao partido, conforme a Justiça - é o partido, organização de união (ninguém é obrigado) de pessoas com afinidades de pensamento (em tese), que lança candidatura, registra, dá suporte e presta contas.

Totó e Lemão votaram corretamente se pensaram em suas convicções. O questionável é que a convicção de janeiro não bate com a de outubro. E foram só três meses.

Há mais: o PR tinha convicção em Quintal, pediu votos a ele, e não para Hadich - o primeiro tenta, na Justiça, tirar o segundo do Edifício Prada.

Não obstante, três meses depois, mudou de convicção (parece) e integra o governo Hadich.

Érika Tank e Farid Zaine tinham convicção e pediram votos para Kléber Leite, que tentou - e não conseguiu - tirar Hadich da cadeira.

Não obstante, os dois se afinaram com o projeto de Ronei, e pessoas ligadas à Elza passaram a integrar o governo Hadich.

A eleição tem que ter dia e hora para acabar.

Com o ganhador definido, a cidade passa a ser maior que todos, e é nela que os vereadores - e qualquer outro político - devem pensar. Mas, se três meses são suficientes para uma convicção ideológica partidária mudar tão radicalmente, é sinal de que não havia convicção (crença firme) alguma quando pediam votos lá atrás. E isso é o que o cidadão comum tem dificuldades para entender.

Coluna - 9 de janeiro de 2013

Coluna do jornalista publicada na versão impressa da edição de 9 de janeiro de 2013:

DIFICULDADE NA WEB
Na estreia em sua administração, Hadich encontra dificuldades para lidar numa plataforma em que obteve relativo sucesso na campanha eleitoral, quando dispunha de uma equipe para isso: a internet. A tática de neutralizar as críticas não está funcionando agora no Caso Tercio.

DÍVIDA
Em matéria de capa no jornal "A Tribuna", na região de Santos, o novo prefeito de São Vicente estimou que a dívida da prefeitura local, antes governada pelo novo secretário de Administração de Limeira, está estimada em R$ 800 milhões. E não poupou críticas a Tercio.

QUIETA
Ala militante do PT ainda silenciosa em relação às nomeações de início de governo, especialmente a ligada ao suplente de vereador Osmar Lopes, que ficou de fora do primeiro escalão.

O ORDENADOR
Novo superintendente de captação de recursos, Giuliano Pereira de Camargo, que chega de Sumaré, será o ordenador de despesas da Prefeitura. Ficará responsável pelas compras diretas e autorizações de abertura de licitação.

IRRITAÇÃO
Até o final do ano passado, Eliseu Daniel costurava uma posição firme do PSC e seus dois vereadores, Totó do Gás e Lemão da Jeová Rafá. A base se desestruturou na votação da Mesa Diretora, o que irritou o ex-vereador.

INTERVENÇÃO RÁPIDA
Acidente com o deputado Otoniel Lima reforça, mais uma necessidade, a intervenção rápida da Prefeitura no trecho de acesso à Marginal Leste. Reclamações datam desde sua liberação e as colisões são comuns. O que estão esperando?

EXPECTATIVA
Muita expectativa hoje na primeira reunião dos 21 novos vereadores. Como se trata de uma sessão extraordinária para discutir assunto interno do Legislativo, não se sabe se os edis já demonstrarão, de cara, qual papel pretendem no plenário.