Artigo publicado na versão impressa da edição de 2 de abril de 2012:
Os primeiros resultados da pesquisa Gazeta/Limite para as eleições municipais, publicados ontem, deixam uma única certeza: faltando quase seis meses para o pleito e a indefinição sobre a existência do segundo turno, a corrida pelo Edifício Prada está absolutamente aberta.
Há três blocos distintos, conforme os resultados ante a pesquisa estimulada, de acordo com as pré-candidaturas já definidas.
Eliseu e Quintal estão na ponta, já foram testados várias vezes nas urnas e, em função das atividades profissionais de cada um, marcam presença constante na mídia - por serem mais conhecidos, também naturalmente possuem rejeição maior.
Hadich e Kléber Leite formam uma espécie de bloco intermediário, enquanto Bastelli, Botion, Lima do INSS, Renê Soares e Ítalo Ponzo compõe um terceiro bloco - menos lembrados, porém, com os menores índices de rejeição, o que permite mais crescimento. E ainda há o alto índice de intenções de votos em branco ou nulo (18,5%).
Pedrinho, empatado no extremo da margem de erro com Eliseu e no meio termo entre o primeiro e o segundo bloco, terá um papel decisivo na campanha.
É uma incógnita suas condições de elegibilidade. Ele e o partido garantem não haver problemas, mas, mantida a postulação, Pedrinho sofrerá impugnações e sua candidatura pode ficar sub judice por toda a campanha.
Ele parece estar disposto a enfrentar isto. Caso saia, seu eleitorado se divide e, numa corrida tão apertada quanto se avizinha, pode desequilibrar.
Se a corrida for mesmo em primeiro turno, fica claro, com esses resultados iniciais, que PT-PMDB-PSB, alinhados na oposição na Câmara ao governo Félix e que tiveram desempenhos decisivos na cassação, tiram votos uns dos outros, se mantidas as postulações.
Uma possível coligação dos partidos pode firmar um candidato para enfrentar Eliseu e Quintal, cujas candidaturas parecem consolidadas. Os três partidos têm outro dado em comum: seus pré-candidatos têm os menores índices de rejeição.
Se houver a possibilidade do segundo turno - para tanto, Limeira precisa alcançar o colégio de 200 mil eleitores até 7 de maio -, a corrida eleitoral fica mais imprevisível ainda, pois haveria espaço para o fortalecimento de muitos pré-candidatos.
Por isso, composições só devem ser discutidas após esta definição.
Até lá, e com os resultados dessa pesquisa, cujos demais detalhes serão divulgados nas próximas semanas, ficará a expectativa de uma corrida em que todos - uns mais, outros menos - parecem ter chances de competir.
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