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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A soma de todas as datas

Artigo publicado na versão impressa da edição de 24 de dezembro de 2011:

Se eu fosse presidente, decretaria o fim da maioria dos feriados (por isso não seria eleito nem para síndico de prédio).

Especialmente os religiosos, haja vista que vivemos num Estado laico.

Ou há feriado nas celebrações de todas as religiões, cultos e crenças, ou não há em nenhuma.

A última opção é a mais chata e radical, porém é a mais razoável e justa.

Dos feriados históricos, vai lá o 7 de Setembro, o resto não há necessidade de paralisação geral.

Não será em um dia que reverteremos o modo como conhecemos a história do nosso país, mas com uma formação escolar mais eficiente e estimulante.

Também poria fim na institucionalização de algumas datas, como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Mulher, entre outras.

Induzem-nos a pensar que tem de haver um dia para que pensemos em algo ou em alguém.

Perguntarão-me: mas você não gosta de uma paralisação?

Sim, preferiria um método de, para cada tantos dias trabalhados, exista uma paralisação geral, mas essa discussão não cabe nem tem necessidade de ser detalhada aqui.

E o Natal e os dias que o antecedem? Acredito que é uma data e uma época diferente de todas.

Você pode dar diferentes significados a ela, dependendo, é claro, de como você a sente ou acredite.

Pode ser uma época para agradecer a Jesus, para orar, celebrar com a família, com os amigos, fazer um churrasco, uma boa ação, uma doação, servir a quem precisa, a uma causa; fazer algo diferente do que faz todos os dias, ligar para alguém que há muito não vê ou fala para, além de desejar um Feliz Natal, lembrar que não é necessário deixar passar tanto tempo para uma congratulação; dar um beijo em quem ama, um abraço afetuoso, um presente que irradie os olhos de uma criança.

Pode ser a data inicial para cumprir a promessa, ou a data final para agradecer por tê-la cumprido. Há outras centenas de significados que não cabem neste espaço.

Se analisar atentamente, o amigo leitor entenderá que o Natal resume o motivo pelo qual a institucionalização das datas não me apetece.

Você não precisa esperar o Natal para agradecer a Jesus, orar, celebrar com a família e amigos, fazer um churrasco, uma boa ação, doação, servir a quem precisa; fazer algo diferente, ligar para alguém que há muito não vê ou fala; dar um beijo em quem ama, um abraço afetuoso ou um presente que faça brilhar os olhos de uma criança.

Desejo a todos os leitores um Feliz Natal e que façam e sintam, nesta época, aquilo que possam reproduzir e viver em todos os dias do ano.

Fiquem tranquilos: o Natal continuaria feriado. Melhor ainda: não sou candidato a nada...

1 comentários:

Anônimo disse...

Também poria fim na institucionalização de algumas datas, como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Mulher, entre outras.

Esta foi a melhor parte de seu texto; estas datas são alavancas de MKT que deveriam ser feitas pelos proprietários dos seus empreendimentos e não algo público, que devemos engolir guela abaixo.

Parabéns pela matéria.