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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Via de mão dupla

Artigo publicado na versão impressa da edição de 24 de outubro de 2011:

Como não bastassem as polêmicas registradas nos últimos anos na Rodovia Dr. Cássio de Freitas Levy, o desbarrancamento do acostamento, uma semana após a liberação das obras do alargamento da ponte, se somou às constantes irritações dos motoristas que já vêm não é de hoje.

Por muito tempo houve alertas dos usuários sobre a necessidade de melhorias na pista, o que é inquestionável diante da arrecadação do pedágio, que fica com Limeira. Para alargar a ponte, a Prefeitura precisou criar um desvio temporário numa área particular.

Usuários não pararam de reclamar.

Pediam pavimentação, ilógico para um desvio provisório em terras que tinham dono - e não era o Município.

Pediam isenção de pedágio, medida cuja legalidade é duvidosa - ninguém pede isso quando há obras na Anhangüera ou Bandeirantes.

Não se faz melhorias viárias sem medidas que alterem a rotina dos motoristas.

Do contrário, numa próxima obra, seria mais fácil interditar toda a Limeira-Cordeirópolis - assim, tanto limeirenses quanto cordeiropolenses usariam Anhangüera ou Bandeirantes, pagariam pedágio, teriam pista boa e reclamariam menos. Radical? Ou alternativa à intolerência generalizada?

Mesmo com a impaciência dos motoristas, faltou bom senso na liberação da ponte sem que ela tivesse obras de escoamento.

Não se inaugura uma obra tão relevante com a possibilidade de surgir rachaduras - não quando se trata de uma rodovia. Por mais que houvesse "pressão" por parte dos motoristas, cabe à Prefeitura tomar as decisões técnicas e distantes da pressão, que deve ser combatida com orientação e esclarecimentos.

Estamos num momento em que tanto Limeira quanto Cordeirópolis, prefeitos e vereadores, deveriam reduzir as distâncias assombrosas hoje existentes para reavaliar a gestão da rodovia.

Está na hora de parar com a troca de acusações - Cordeirópolis reclamando da atuação de Limeira na rodovia, e Limeira reclamando de Cordeirópolis sobre a sujeira no Ribeirão Tatu - para, juntos, os municípios terem força para pleitear ajuda do Estado e da União na solução de ambos problemas.

Enquanto a rodovia for administrada com o pensamento de que é de "mão única", toda obra se transformará em palco de intolerância e reclamações.

Atenção, prefeitos e vereadores: a via é importante para as duas cidades!

1 comentários:

Biratartaruga disse...

Querido Sereno, não tenho uma carta para defender nada nem ninguém, mas é um fato que a rodovia tem muito problema que devem ser resolvido e um deles é o pedágio que deveria a inicio coibir a passagem de caminhões pelo nosso anel viário e diminuir gasto com sua manutenção, mas como acabou virando uma boa fonte de verbas para os cofres da prefeitura se deturpou a função! Estão ao meu modo de ver as duas cidades brigando por motivo errado , deveriam exigir da concessionária da Limeira a Piracicaba e da Limeira a Mogi Mirim a criação de um RODO ANEL para que o caso do pedágio se resolvesse! Mas não dá votos lutar por isso e os “políticos“ envolvidos sabem bem disso! Enquanto isso mais vidas são colocadas em risco todos os dias nesta que esta virando a “estrada da discórdia”. Biratartaruga.