Mas a pesquisa feita pela ecóloga Rafaela Aparecida da Silva, revelada nesta quinta-feira pela Gazeta, de que só 22% dos acampados do MST no Horto são de Limeira, ajuda a desmontar uma das teses mais usadas pelos defensores do movimento.
Os críticos da postura do prefeito Sílvio Félix quanto ao assentamento fundamentam que a política habitacional de seu governo é falha e que é preciso atender essa gente humilde que quer apenas área para morar e plantar. E que sempre foi mentira a alegação da Prefeitura de que a maioria dos ocupantes era de fora.
A pesquisa sugere indiretamente que o problema habitacional não é exclusividade de Limeira. Se a maioria dos assentados vêm de cidades como Campinas e Cosmópolis, é porque nestas cidades também há problemas no setor.
Como, aliás, há em todo o País, haja vista a adesão em massa dos municípios ao programa "Minha Casa, Minha Vida", que visa minimizar o déficit de moradias em todo o território nacional.
Quando os Sem-Casa, movimento co-irmão do MST, invadiram o antigo prédio do INSS no Centro, a Gazeta pediu, diariamente, que apresentassem uma relação dos ocupantes indicando a cidade de origem de cada um deles.
As lideranças jamais deram a informação; da mesma forma, o MST no Horto.
Talvez porque, sem dúvida, a maioria dos ocupantes é forasteira mesma, como ficou comprovada pela pesquisa.
Se é forasteira, seria mais justo que fossem lutar por espaços de terras em suas cidades, e não em Limeira!
Se querem um lugar para morar, que entrem na lista de mutirão da Prefeitura - já aviso que quem está em Limeira há pelo menos seis anos tem a preferência.
Mas o objetivo do MST é simples: quer fácil a terra, e usa dos argumentos mais nobres para consegui-la, encobertos pela postura irritante das ocupações.
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